terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Com muita emoções, nova presidência da CUFA é empossada

     Estive em Fortaleza participando a posse da nova diretoria e do 6º Encontro Nacional da CUFAe posso afirmar que só quem tem a oportunidade de participar desses eventos tem a nítida noção do que a CUFA representa como associação da sociedade cívil e do  respeito conquistado  nacionalmente nas esferas políticas, sociais, esportivas e culturais de todo país.

Preto Zezé recebendo o Anu Preto das mãos de MV Bill
simbolizando o início da nova gestão
   
      Preto Zezé e Karina Santiago, novos presidentes, são do Ceará e Mato Grosso, respectivamente, o que promove a descentralização do poder, uma das prerrogativas defendidas pela entidade.
    A posse dos novos dirigentes da CUFA Brasil que aconteceu no último dia 16 no magnifico Teatro José de Alencar, em Fortaleza-CE, foi prestigiada por inúmeros artistas, ativistas culturais, participantes de outras intituições da área social, autoridades e integrantes da CUFA de vários os estados brasileiros, Estados Unidos e Alemanha. Entre os artistas presentes destacamos Mv Bill e Nega Gizza, fundadores da CUFA e os cantores Fagner e Mano Brow.
Mano Brow, Fagner, Nega Giza, Mv Bill, Preto Zezé e Karina
      
       Foi um cerimônia  emocionante e carregada de símbolos. MV Bill e Nega Gizza passaram os cargos de presidência e vice-presidência, respectivamente, a dois grandes quadros da entidade: Preto Zezé, do Ceará; e Karina Santiago, de Mato Grosso. Conforme a tradição, o símbolo da CUFA, o pássaro Anu, confeccionado em madeira, foi levado até os presidentes pelas mãos de representantes de cada um dos 27 estados, simbolizando a confiança em suas novas lideranças e como uma forma de direcionar boas energias à nova gestão.
Depois de passar pelas maos de representanters de todos estados brasileiros
 e coordenadores de cufa internacional, o Anu é entregue a MV Bill
         Em seu discurso, a cantora Nega Gizza falou da importância do trabalho social em sua vida pessoal e também profissional: “A CUFA transformou minha vida de todas as formas possíveis. Sou a prova viva de que é possível a transformação por meio de um trabalho social sério e sobretudo profissional que possibilite visibilidade”, ressaltou Gizza, que continua à frente da Liga Internacional de Basquete de Rua. Já MV Bill relembrou as histórias do início dos trabalhos da CUFA e destacou a descentralização do poder, algo defendido e praticado pela entidade em todas as esferas, seja ela pública, privada e principalmente social.

    A prefeita da cidade de Fortaleza, Luizianne Lins, foi representada pelo coordenador de articulação política da prefeitura, Waldemir Catanho, que aproveitou a oportunidade para parabenizar a nova diretoria. “É um momento único, de renovação da liderança, onde a CUFA reafirma seu caráter e potência política colocando duas pessoas de fora do eixo Rio de Janeiro e São Paulo”, observou.
O diretor de Comunicação da Rede Globo, Luiz Erlanger também participou da cerimônia de posse e garantiu a parceria entre a emissora e a CUFA. “É uma parceria que já tem, praticamente, 10 anos. E mostra como a gente escolheu uma entidade que é exemplar. Primeiro pela alternância da liderança, que é uma coisa saudável, e segundo por trazer a presidência para o Nordeste. É uma honra participar dessa solenidade, pois a CUFA é um movimento social extraordinário, e eu sou um dos maiores fãs dessa instituição", afirmou.

Emoção

Um dos momentos mais marcantes da cerimônia de cargo foi a presença dois grandes expoentes da música brasileira: Mano Brow e Raimundo Fagner, que foram prestigiar o evento. Eles subiram ao palco e junto com Nega Gizza e MV Bill configuraram a união musical mais desejada por um produtor artístico-musical. Brow e Fagner cumprimentaram os empossados e o público, além de falar da importância deste novo momento na CUFA.



      O evento foi amplamente prestigiado com a presença de toda a imprensa da cidade de Fortaleza que puderam constatar a força e aparticipação que a CUFA possui na sociedade brasileira. Os presentes participaram de uma celebração na crença na mudança, na transformação na possibilidade de  dar visibilidade ao que parece invisivel. O momento mais emocionante foi a passagem do símbolo maior da CUFA: O Anu Preto. Ele passou pelas mãos de cufianos de todo o Brasil e do exterior até chegar a MV Bill que, juntamente com Gizza, o entregou a Preto Zezé e Karina Santiago dando inicio assim a uma nova gestão da CUFA.

Fotos: Zé Rosa

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

ÚLTIMAS NOTÍCIAS DA CUFA

Para ler melhor o3º Boletim Informativo da Cufa RS clique em cima da imagem. 


 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

É HORA DE ZARPAR!

Fortaleza, vamos lá!

      Já estão de malas prontas rumo à Fortaleza os representantes da CUFA RS Manoel Soares e Dinorá Rodrigues, Rogério Santos da CUFA Montenegro e Cátia Rocha da CUFA Rio Grande que irão participar do VI Encontro Nacional da CUFA que inicia dia 16 de fevereiro com a posse da nova diretoria nacional Preto Zezé e Karina Santiago.

   Os novos empossados têm vários pontos em comum com as pessoas que passaram pela presidência da entidade: Mv Bill e Preto Zezé começaram muito cedo a desenvolver importantes ações sociais pelo viés do Hip Hop. Ambos foram músicos e hoje são, além de ativistas, produtores culturais, escritores e documentaristas.

    Nega Gizza e Karina Santiago são propulsoras de um movimento de mulheres dentro da instituição, que provocou a realização de dezenas de ações voltadas às mulheres do país, sempre provendo atividades como o esporte, a cultura, a moda e a política social. Desse modo, a entidade tem a negritude, o amor pelo trabalho social, a origem periférica e carregam o sentimento CUFA, cuja principal expressão é o trabalho social, a democratização do conhecimento e do poder.

    A Central Única das Favelas completa 11 anos de existência em 2011, período no qual vem procurando disseminar oportunidades para jovens pobres principalmente negros dos 27 estados do território brasileiro.

    Este encontro fará com que representantes de todos os estados se reúnam de 16 a 19 de fevereiro buscando se qualificar, aprimorar conhecimentos e é claro estar junto a esta grande família que é a CUFA.

    Após dia 20, estaremos de volta firmes e fortes, com baterias carregadas de idéias, propostas e discutindo novos rumos da CUFA no Rio Grande do Sul. A CUFA RS realizará seu Encontro Estadual em março na cidade de Canoas.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Brasil 500 anos, CUFA 11 anos

DEBATE ABERTO

                            Brasil 500 anos, CUFA 11 anos

    A Central Única das Favelas completa 11 anos de existência em 2011, período no qual vem procurando disseminar oportunidades para jovens negros e pobres dos 27 estados do território brasileiro que carregam até hoje as marcas desses mais de 500 anos de construção de uma nação.
                                                  Leandro Fonseca*



      O Brasil é um imenso e verdadeiro caldeirão cultural, político e social. Nossa história começa a tomar uma nova configuração da chamada miscigenação a partir dos anos 1.500 quando Pedro Álvares Cabral ao comando das frotas que se dirigiam as índias, esbarraram no que chamamos hoje de América do Sul, ocupadas por povos indígenas que aqui ainda resistem em poucos espaços isolados. É num contexto hostil que ao longo de 500 anos nossa história continua a ser construída, de um lado uns lutando por justiça social e de outro, lutadores pelo acumulo de riquezas por meio de exploração desordenada.

       Foi há mais de 500 anos que “três povos” configuraram nosso espaço nacional, os portugueses na corrida pela expansão territorial e comercial, os negros já dominados pelos europeus e os índios que lutaram bravamente para defender seu território. Nestes mais de 500 anos muita coisa mudou; Passamos por regimes imperiais, ditatoriais e a chamada democracia, povos de todos os continentes hoje aqui construíram do Brasil seu território de paz e cidadania, árabes, japoneses, chineses, espanhóis, alemães, norte americanos, entre outros. Mas e os índios que aqui habitavam a mais de séculos? Sim! Ainda continuam lutando para manter um espaço saudável para se viver; Os trabalhadores operários do campo e da cidade que há oito anos elegeram um presidente condizente de sua condição social, as mulheres que hoje possuem direitos a votar e ser votada participando do processo político do país rompendo mais uma importante barreira do preconceito e elegendo a primeira mulher presidente da República.

      Aparentemente o país caminha para um novo tempo, um tempo de participação, distribuição de riquezas e de oportunidades; Oportunidades essas que só serão verdadeiras quando os negros assim como os índios ocuparem seus espaços, de quem herdou apenas as dívidas das riquezas extraídas do solo brasileiro.

     Nesse novo tempo a organização de classe tem papel propulsor e fundamental na construção de uma nova era a era das oportunidades iguais; Onde: negros, índios e pobres passam ter os mesmos direitos de acesso a saúde, educação, lazer, trabalho e renda justa.

    A CUFA (Central Única das favelas) completa 11 anos de existência no ano de 2011, mas não apenas mais de uma década de existência, e sim mais de uma década disseminando oportunidades, preparando jovens negros e pobres dos 27 estados do território brasileiro que carregam até os dias de hoje as marcas desses mais de 500 anos de construção de uma nação. É exatamente essa ferramenta chamada CUFA (Central Única das Favelas) que a cada dia que passa ocupa espaços importantes na sociedade brasileira construindo suas próprias alternativas com um plantel invejável de jovens, que deixam de ser apenas jovens (invisíveis na sociedade brasileira) e passam a ser jovens intelectuais, lutadores e respeitados nos mais diversos núcleos políticos, empresariais e nas suas comunidades, sendo os verdadeiros protagonistas de uma boa história.

     Vivemos sim um novo tempo. É neste tempo que nos dias 15 a 19 de fevereiro, a CUFA que completa 11 anos, promoverá seu VI Encontro Nacional, onde jovens de diversos estados do Brasil, Alemanha, USA e Bolivia se encontrarão para debater e apontar os rumos e as estratégias de uma organização que sempre esteve à frente de nosso tempo.

      Nesta ocasião ocorrerá a posse da Gestão 2011 (16/02 Fortaleza –CE) CUFA, onde teremos um dos mais fortes quadros da CUFA (Preto Zezé) que ao lado de sua vice-presidenta (Karina Santiago de Assis Ávila) assumirão essa tarefa, dando continuidade e conduzindo a CUFA para um novo patamar gerando ainda mais oportunidades e preparando um número maior de jovens a ter um espaço digno na sociedade brasileira.


*ARTICULADOR DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS CUFA SC

fonte:   http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4943

Encontro da CUFA RG com Secretário Abdo Nader reafirma parceria


    Na manhã dia 10 de fevereiro os representantes da CUFA RIO GRANDE, Mr. Diones e Cátia Tubino da Rocha foram recebidos pelo Secretário Municipal de Esporte Turismo e Lazer Dr. Abdo Nader e o coordenador de esportes Leandro Silva (ex-Coordenador Municipal da CUFA) com entusiasmo e de modo muito amigável.

    O encontro teve como objetivo fortalecer a parceria já existente entre as instituições. O Secretário Abdo mais uma vez se colocou a disposição da CUFA-RG e a certeza de que, dentro de um planejamento prévio e das possibilidades que lhe são apresentadas, apoiar os eventos e projetos da CUFA-RG bem como a CUFA de apoiar e participar dos eventos da secretaria sempre que solicitada.
    Os representantes da CUFA-RG apresentaram as propostas para 2011 com a participação nos encontros estadual e nacional da CUFA, o plano para expansão, os projetos em construção, o sistema funcional da Cufa Brasil. Tendo como proposta geral melhorar a convivência comunitária, a prática saudável de esportes e atividades de lazer na comunidade.
      Leandro Silva assumiu o compromisso de mobilizar e articular as  demandas da SMTEL para apoiar as iniciativas da CUFA-RG mesmo estando afastado da Coordenação Municipal da entidade.
      Na oportunidade ficou engatilhado a parceria no que diz respeito a realização da etapa municipal do Campeonato de Basquete de Rua que deverá ocorrer até 10 de agosto em nossa cidade organizado pela CUFA a nível nacional. A LIIBRA estadual deverá ocorrer em 20 de agosto em Porto Alegre.
     Secretário Abdo gostou e elogiou a iniciativa do trabalho da CUFA e os próximos passos serão para, de fato, construir essas parcerias, junto e misturado.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Prêmio Anú da CUFA é sucesso em organização e reconhecimento

      Cufa Rio Grande parabeniza a equipe do Rio de Janeiro que realizou esse projeto de grande envergadura.
      Por esta e tantas outras ações é que temos orgulho de ser cufianos!
      Fica a certeza de que este ANU irá voar cada vez mais alto.


       Para ler o boletim especial sobre o Prêmio Anu clique aqui:
 http://www.premioanu.com.br/boletim/08-02-11/


ANU PRETO - Símbolo da CUFA
    O Anu-Preto é um pássaro presente em todo o Brasil, encontrado em pastagens, campos, jardins, entre outras áreas abertas. Durante o período colonial, os portugueses e espanhóis usavam este nome para insultar os escravos e as pessoas de pele muito negra. O tempo foi se tornando aliado do preconceito contra esse pássaro - bem como contra os negros - fazendo com que a ave fosse culturalmente odiada pela população. A ave se transformou oficialmente no símbolo do agouro.
    A CUFA, mantendo a sua posição de quebrar os paradigmas, sobretudo os aplicados contra a população já estigmatizada, escolheu o Anu como o seu maior símbolo, a fim de fortalecer a cultura negra.

O PRÊMIO

    O Prêmio Anú é muito mais do que um prêmio, muito mais do que um símbolo, é sim, o sentimento de vitória dos que nasceram supostamente derrotados. Esse projeto realizado pela CUFA – Central Única das Favelas - tem como principal objetivo de destacar ações de toda natureza desenvolvidas dentro de favelas de todos os estados do Brasil que contribuam para a evolução e revolução social desses espaços. Identificando ações que tragam um novo significado para esses territórios e novas formas de convivências.
   Entendemos que os esforços, tecnologias e expertises geradas pelos trabalhos de pessoas dessas localidades, ou mesmo asfaltistas que optaram por esses ambientes, motivados pela simples e legitima vontade de buscar melhorias para esses espaços a margem da sociedade, e ser reconhecidas e compreendidas como uma contribuição da sociedade civil organizada para a busca do EQUILIBRIO social.
    Para iniciar esse projeto escolhemos o tema EQUILIBRIO, por entender que sem eles não existe chance de uma nação viver em harmonia. Vivemos num país de dimensões continentais, uma das cinco maiores riquezas do mundo e ainda sim convivemos com a fome, com o analfabetismo, falta de acesso a saúde e demais direitos básicos do cidadão. O início da busca pelo EQUILIBRIO parte da necessidade de fortalecermos e ressignificarmos os territórios mais enfraquecidos pelo processo de exclusão. Territórios chamados favelas, palafitas, periferias, ribeirinhos, subúrbios, vilas, assentamentos, invasão, comunidades, quebradas e tantas outras formas de chamar esses espaços geográficos que vivem em desvantagem social.
     O EQUILIBRIO é o ponto que pondera duas partes, a favela e o asfalto, que celebra a possibilidade de pontes de mão dupla, que permite extremos opostos se olhem pelo mesmo plano, ainda que de planos distintos. O anu surge para vislumbrar a importância de reconhecer essa integração de cooperação nos milhares de iniciativas inovadoras que tem se multiplicado nas favelas brasileiras.
     A Cufa acredita nessa interação como a forma mais eficaz de integração social e por isso escolhemos o Teatro Municipal para essa festa de cidadania, o mais nobre dos espaços do estado do Rio de Janeiro.
     Apesar de todos os seus estigmas as favelas têm um século de histórias e realizações positivas que fazem parte da história dessa nação. Em meio a momento singular de renovação dos movimentos sociais o Prêmio Anu busca revelar aqueles que apesar das dificuldades interferem diretamente no dia a dia de suas comunidades há iniciativas para promoção do bem estar geral em busca do EQUILIBRIO social.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

No último dia 7 de fevereiro o Prêmio Anu, da Cufa, consagrou gente que faz acontecer !

Prêmio Anu, da Cufa, consagra gente que faz

O Programa 1 Milhão de Cisternas e o Urucubaca, grandes vencedores da noite - Fotos de Lícias Santos

       Saí do Prêmio Anu noite passada no Theatro Municipal com a sensação de que o Brasil tem jeito. Os 27 projetos sociais e culturais, um de cada estado brasileiro, consagrados no 1º Prêmio Anu, da Central Única de Favelas (Cufa), mostram que tem muita gente no país que abre mão da própria vida para ajudar seus compatriotas com ou sem a ajuda de empresas, governos e instituições como a Petrobras e a Unesco (Criança Esperança). Um homem em Aracaju pede esmolas nos sinais para manter uma creche com 80 crianças, uma mulher foi às lágrimas para contar sua saga em defesa de crianças com necessidades especiais, muitos nascidos em favelas ou moradores de rua que se levantaram com o próprio esforço e cuidam hoje de gente que precisa de ajuda. O ministro dos Esportes, Orlando Silva de Jesus Junior, foi o grande nomeneageado da noite. Criado na Favela de Lobato, em Salvador, ele ascendeu socialmente com muito estudo e esforço. Recebeu o prêmio de sua mãe e de sua esposa.

Os apresentadores Juliana Alves e Luciano Huck

      A noite teve como apresentadores Luciano Huck, batizado de Anu branco pelo casseta Helio de La Pena, e a morenona Juliana Alves, toda de dourado. O maior prêmio da noite, o Anu Preto (os demais eram dourados) foi para dois ganhadores, eleitos em votação popular. O Programa Um Milhão de Cisternas, do sertão baiano, já beneficiou 60 mil pessoas com a construção de 10 mil cisternas. O segundo foi o espetáculo Urucubaca!, do Grupo Cultural Afroreggae, do Rio de Janeiro, um espetáculo com texto de Jorge Mautner. Na saída do auditório, a turma do Urucubaca! fez uma rodinha em torno do diretor Johayne Hildefonso para uma comemoração ruidosa. A noite terminou com um coquetel oferecido no Assyrius, o salão anexo do Municipal, agora nos trinques, com direito à exposição Centenário de Uma Jóia, da Firjan, com peças inspiradas na história do teatro.

Os vencedores de Rio Grande do Sul, Rondonia, Roraima e Santa Catarina

Aliás o Municipal restaurado está deslumbrante. Um tesouro artístico da cidade e do país, impecável nos mínimos detalhes e a platéia aproveitou para muitas fotos por toda parte do teatro. O único senão são as poltronas, de braços e assentos curtos, mas aí culpo a minha compleição física exagerada. Saí de lá meio torto.

                                                                       Alcione


        Os números musicais foram muito bons, com um cenário diferente para cada atração. Cercada por crianças e adultos malabaristas e dançarinos do Circo Crescer e Viver e da Cia de Teatro Tumulto, Alcione abriu a noite cantando Relampiano, de Lenine. Fernanda Abreu, totalmente sintonizada com a música negra, cantou Tudo Vale a Pena (Se a Alma Não É Pequena), de Pedro Luís e Fernando Pessoa. A comadre Sandra de Sá zoou todas com Olhos Coloridos botando a platéia para levantar, bater palmas, cantar, gritar e tudo mais. Ela falou e fez a platéia gritar em alto e bom som: “Sou altamente consciente e confiante e acredito no povo brasileiro.

                                                    Sandra de Sá

          A Companhia de Dança Ritmos Family, da periferia de São Paulo, deu um show coreográfico com bases afro, hip hop e eletrônica. Os Hawaianos representaram o funk carioca com o número mais fraco da noite e muitos passos de dança que incluíam rebolados e contrações da barriga. MV Bill e Kmila CDD apresentaram O Bonde Não Para, do recente CD Causa e Efeito, mas não deu para entender o que BIll falava com o microfone muito grave. Para fechar a noite, Dudu Nobre entrou com o tema da Grande Família, cantado por parte da platéia e, depois do encerramento, cantou para subir com É Hoje! já com boa parte da platéia de saída para os comes e bebes no Assyrius.

MV Bill e Kmila CDD

       O prêmio teve na platéia os moradores de comunidades onde a Cufa atua e sua produção, como ressaltou Fernanda Torres, foi impecável. As únicas celebridades presentes foram entregar prêmios, como Edson Celulari, mas a maioria era da cor mesmo – Lázaro Ramos, Dorina, Helio de La Pena ou comprometidos com o povão, como Regina Casé e Marcos Frota, o homem do circo.

                    A rapper e diretora do prêmio Nega Gizza e Dudu Nobre

     A Cufa escolheu o pássaro Anu Preto para designar o prêmio com a explicação de que se trata de um pássaro discriminado que passa a representar um prêmio que será distribuído todo ano para dar visibilidade a quem faz alguma coisa pela população desassistida deste país. O tema do prêmio nas entrelinhas, assim como uma das razões da existência da Cufa, é combater o racismo no Brasil. Uma amiga negra me disse que, se alguém acha que não existe racismo no Brasil, que nasça com a pele negra para ver o que é bom. Na verdade , ver o que é mau na discriminação ainda forte no inconsciente coletivo do Brasil, tão mais absurda por se tratar de uma nação com mais 50% de negros, mulatos e mestiços. A Cufa não espera cair do céu, vai à luta e está hoje nos 27 estados brasileiros e em 17 países. Em homenagem a ela este blog roqueiro abre a exceção para o Prêmio Anu.
                                            A Cia de Dança RitmoFamily




Ministro dos Esportes, Orlando Silva de Jesus Junior


Jamari França -  08.02.2011

fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/jamari/posts/2011/02/08/premio-anu-da-cufa-consagra-gente-que-faz-361770.asp

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Lula Parabeniza Cufa no Fórum Social Mundial

      A Cufa, por convite da Petrobras, participa do Fórum Social Mundial que acontece na cidade de Dakar no Senegal. O representante da Cufa, Manoel Soares, nesta segunda feira foi recebido por movimentos sociais locais que lhe apresentaram iniciativas na área de educação e saúde.
     Na parte da tarde a Cufa foi convidada a participar do evento mais esperado desta edição do Fórum, a visita do ex - presidente Lula. Ao lado das maiores autoridades africanas Lula destacou a importância de momentos como os vividos em Dakar, pois há 10 anos, relembrou que na cidade de Porto Alegre, participou da primeira edição onde muitos dos problemas discutidos hoje do mundo foram apontados.
      Entre suas falas, Lula destacou que os países considerados favelas do mundo, hoje representam soluções e que em menos escala é importante não desconsiderar as nações e comunidades mais pobres, pois produzem conhecimento e cultura.
     Quando perguntado sobre movimentos sociais no Brasil, o ex - presidente Lula puxou uma camiseta da Cufa e frente as câmeras de todo o mundo, ele disse que iniciativas como estas tem grande importância para o desenvolvimento social. Para concluir, parabenizou as ações da Cufa em todo o mundo e reafirma sua admiração ao trabalho realizado nos mais de 12 países do mundo.

Lula no Forum Social Mundial em Dakar destaca a CUFA como inicitiva social


Manoel Soares

RBS TV

CUFA REALIZA 6º ENCONTRO NACIONAL

Coordenadores de todo o Brasil da Central Única de Favelas - CUFA estarão em Fortaleza no próximo dia 16 para a posse da nova diretoria e 6º Encontro Nacional da CUFA
                                                  
    Com a presença de diversos Estados do território nacional, o 6º Encontro Nacional da Cufa – Central Única das Favelas inicia no dia 16 de fevereiro no Teatro José Alencar, em Fortaleza (CE) com a posse da nova diretoria.

     Ocuparão a presidência e vice-presidência, respectivamente Preto Zezé (Cufa-CE) e Karina Santiago (Cufa-MT) dando continuidade as ações da instituição fundada por MV Bill, Celso Athayde e Nega Gizza no Rio de Janeiro que hoje se estende para 27 estados brasileiros e alguns paises.

     A principal missão da CUFA é funcionar como um pólo de produção cultural e de distribuição de oportunidades para os jovens, particularmente, negros e residentes em favelas através de projetos e ações promovidas nos campos da educação, esporte, cultura, cidadania e desenvolvimento humano.

     Durante o evento, que se estende até o dia 19, haverá a apresentação e planejamento de projetos e ações para 2011 de cada Estado presente. A integração de diversas culturas oportuniza a criação de novas tecnologias sociais e novas ações para potencializar o talento de cidadãos engajados na luta diária a favor da inclusão social, da cidadania e do reconhecimento de seus direitos e bens socialmente produzidos, tornando-os protagonistas de todo o processo de mudança.

     A CUFA - Rio Grande será representada por Cátia Tubino da Rocha e da CUFA RS contaremos com a presença de Manoel Soares - Coordenador Estadual CUFA RS e Dinora Rodrigues - Coordenadora Administrativa CUFA RS.


     O encontro é muito importante para que as bases da CUFA espalhadas pelos diversos estados, tenham oportunidade de relatar suas ações do ano anterior, trocar experiências e participar do planejamento das ações para 2011.

     Cada encontro é um passo a mais na democratização e descentralização rumo ao futuro. O encontro possibilitará a integração de culturas e povos diferentes gerando novas oportunidades. As apresentações dos Estados destacando as conquistas, projetos em andamento e os novos para 2011, serão momentos onde se intensificará a interação e conhecimento maior das ações de cada base da CUFA no Brasil e exterior.

     Confirmaram presença alguns dos grandes parceiros da instituição como é o caso de Luiz Horta Barbosa Erlanger, Diretor de Comunicação da TV Globo; Alexandre Padilha, Ministro da Saúde; Roberto Marinho, um dos diretores da Senaes (Secretaria Nacional da Economia Solidária), Ivana Bentes, diretora da Faculdade de Comunicação da UFRJ e Pablo Capilé, Articulador Nacional do Circuito Fora do Eixo.

 
Nova Presidência

     Os novos empossados têm vários pontos em comum com as pessoas que passaram pela presidência da entidade: Mv Bill e Preto Zezé começaram muito cedo a desenvolver importantes ações sociais pelo viés do Hip Hop. Ambos foram músicos e hoje são, além de ativistas, produtores culturais, escritores e documentaristas.

    Nega Gizza e Karina Santiago são propulsoras de um movimento de mulheres dentro da instituição, que provocou a realização de dezenas de ações voltadas às mulheres do país, sempre provendo atividades como o esporte, a cultura, a moda e a política social. Desse modo, a entidade tem a negritude, o amor pelo trabalho social, a origem periférica e carregam o sentimento CUFA, cuja principal expressão é o trabalho social, a democratização do conhecimento e do poder.