Cufa Rio Grande parabeniza a equipe do Rio de Janeiro que realizou esse projeto de grande envergadura.
Por esta e tantas outras ações é que temos orgulho de ser cufianos!
Fica a certeza de que este ANU irá voar cada vez mais alto.
Para ler o boletim especial sobre o Prêmio Anu clique aqui:
http://www.premioanu.com.br/boletim/08-02-11/
ANU PRETO - Símbolo da CUFA
O Anu-Preto é um pássaro presente em todo o Brasil, encontrado em pastagens, campos, jardins, entre outras áreas abertas. Durante o período colonial, os portugueses e espanhóis usavam este nome para insultar os escravos e as pessoas de pele muito negra. O tempo foi se tornando aliado do preconceito contra esse pássaro - bem como contra os negros - fazendo com que a ave fosse culturalmente odiada pela população. A ave se transformou oficialmente no símbolo do agouro.
A CUFA, mantendo a sua posição de quebrar os paradigmas, sobretudo os aplicados contra a população já estigmatizada, escolheu o Anu como o seu maior símbolo, a fim de fortalecer a cultura negra.
O PRÊMIO
O Prêmio Anú é muito mais do que um prêmio, muito mais do que um símbolo, é sim, o sentimento de vitória dos que nasceram supostamente derrotados. Esse projeto realizado pela CUFA – Central Única das Favelas - tem como principal objetivo de destacar ações de toda natureza desenvolvidas dentro de favelas de todos os estados do Brasil que contribuam para a evolução e revolução social desses espaços. Identificando ações que tragam um novo significado para esses territórios e novas formas de convivências.
Entendemos que os esforços, tecnologias e expertises geradas pelos trabalhos de pessoas dessas localidades, ou mesmo asfaltistas que optaram por esses ambientes, motivados pela simples e legitima vontade de buscar melhorias para esses espaços a margem da sociedade, e ser reconhecidas e compreendidas como uma contribuição da sociedade civil organizada para a busca do EQUILIBRIO social.
Para iniciar esse projeto escolhemos o tema EQUILIBRIO, por entender que sem eles não existe chance de uma nação viver em harmonia. Vivemos num país de dimensões continentais, uma das cinco maiores riquezas do mundo e ainda sim convivemos com a fome, com o analfabetismo, falta de acesso a saúde e demais direitos básicos do cidadão. O início da busca pelo EQUILIBRIO parte da necessidade de fortalecermos e ressignificarmos os territórios mais enfraquecidos pelo processo de exclusão. Territórios chamados favelas, palafitas, periferias, ribeirinhos, subúrbios, vilas, assentamentos, invasão, comunidades, quebradas e tantas outras formas de chamar esses espaços geográficos que vivem em desvantagem social.
O EQUILIBRIO é o ponto que pondera duas partes, a favela e o asfalto, que celebra a possibilidade de pontes de mão dupla, que permite extremos opostos se olhem pelo mesmo plano, ainda que de planos distintos. O anu surge para vislumbrar a importância de reconhecer essa integração de cooperação nos milhares de iniciativas inovadoras que tem se multiplicado nas favelas brasileiras.
A Cufa acredita nessa interação como a forma mais eficaz de integração social e por isso escolhemos o Teatro Municipal para essa festa de cidadania, o mais nobre dos espaços do estado do Rio de Janeiro.
Apesar de todos os seus estigmas as favelas têm um século de histórias e realizações positivas que fazem parte da história dessa nação. Em meio a momento singular de renovação dos movimentos sociais o Prêmio Anu busca revelar aqueles que apesar das dificuldades interferem diretamente no dia a dia de suas comunidades há iniciativas para promoção do bem estar geral em busca do EQUILIBRIO social.
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